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terça-feira, 31 de março de 2015

O SILÊNCIO DA COMPAIXÃO

Por trás do grito de revolta
Por trás da ira de cólera
Que transfiguram e deformam a face
Por trás do abismo do isolamento
Há um ser em sofrimento,
angústia e dor.

Quando por um momento de felicidade
Nossa sensibilidade torna-se mais fina, 
Penetramos neste mundo em turbulência,

Chega-nos a compreensão eivada de piedade
Do ser que em si mesmo se debate
Verdadeira convulsão
De afetos a si negados

Então, a mal falarmos
Do que tempestuosamente
Nos agride
Pousamos nossa tranquilidade
Que é a de nossa consciência
Por termos visualizado o
Fogo que alio nele queima, açoado,
Infelicita em sua malfadada dor.

Sem criticarmos ou mesmos
Contendermos,
Passivamente deixamos o silêncio
Pacificante, cheio de ternura
E amor.

O tempo das chamas por si próprio
Se extingue
A mãe natureza ensina
Sucede à tempestade
A bonança do céu azul.